quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Do incrível e libertador ato de escrever

O texto que trago abaixo não é meu, mas confesso: eu queria tê-lo escrito! Aliás: é meu, sim! E é seu, é de todxs aqueles que se sentirem representadxs por ele. Não é mesmo?!

Tomei contato com esse texto via facebook (sim, tem MUITA coisa interessante sendo pulverizada por lá). Logo que o li, pensei: tenho que postar esse texto no blog, mais como forma de registro do que qualquer outra coisa. Posto-o pra que fique "guardado", pra que eu e você e qualquer pessoa possa lê-lo quando e quantas vezes desejar. 

Do que ele fala? De incentivo ao incrível e libertador ato de escrever, seja lá qual for a sua motivação. Escrever, simples assim. Mesmo que ninguém leia, escreva! Tenha em mente que seu principal leitor será você mesmx. É isso mesmo: eu, por exemplo, falo e escrevo comigo e para mim! Eu me conheço melhor quando faço isso. Sinto e vejo coisas que seria incapaz de perceber sem esse autodiálogo.  Escrevo por e para mim. Se outras pessoas lerem, muito bem; se não, o objetivo primordial já foi atingido no ato mesmo de escrever. 

Ah, que tal um desafio? Escreva um texto. Seja ele sobre o que for, com a quantidade de linhas que tiver, com ou sem erros gramaticais... Escreva! Se quiser, me envie por e-mail (leandroleal@live.com) que eu publico aqui no blog. Que tal?!

Enfim, deguste o texto (bastante poético) que trago a seguir. Que ele lhe sirva de incentivo!

Até a próxima...


"Escrevo com o ouvido de dentro", texto de Guilherme Moreira Jr.

Pinto palavras para transcender sentimentos. O coração inflama ávido por momentos sinceros, destilando prazeres e nuances.

Escrever nunca foi uma obrigação. Bordar frases com substantivos, adjetivos e argumentos acerca dos fatos cotidianos, da imensidão das artes e dos poros sentimentais vividos até então, na verdade sempre foram escapismos claros, mas honestos de fazer sorrir o meu eu imaginário e ainda assim presente ao alcance das mãos.

Há quem escreva para satisfazer inseguranças vis das inúmeras problemáticas constituídas no viver. Outros escrevem para fazer valer a sua própria voz. Alguns outros para desmistificar personalidades, entidades ou simplesmente por vontade de costurar dados informativos com propriedades e finalidades políticas e religiosas. Não disponho de absolutamente nada contra os corajosos que enveredam nos caminhos citados. Certas vezes, eu mesmo preciso alimentar o pensamento agridoce e participar das fomentas sociais. Ainda assim, o prazer quantitativo da escrita reside na simples janela de saciar uma sede romântica e ingênua de expulsar os ritmos desconcertantes do coração na tentativa serena da aproximação quase platônica entre eu e eu mesmo.

Remando contra todas as normas gramaticais e regras estabelecidas para se estruturar um texto, penso na escrita como forma de liberdade. É o diálogo puro entre o sentimento e a razão, e nessa conversa íntima, o mais importante é escrever por querer. Porque respirar palavras no papel é antes de tudo um exercício de carinho. Uma espécie de conjuntura do amor, talvez. Existe leveza, tranquilidade e paz.

Ainda hoje argumentam que o ato de escrever é um dom. Eu discordo. Escrever com o ouvido de dentro é sublinhar sensações, tateando o pensamento e sorrindo gentilmente ao coração que só pode dizer aquilo que realmente sente quando lhe é proporcionado à voz mais antiga, imperfeita e legítima de todas. Escrevo. Escreva. Muito ou pouco. Com ou sem sentido. De qualquer forma ganha-se tempo, memória, vida e cores.

A postagem original (e outros textos desse autor que gosto muito!) você acessa através do link: http://lounge.obviousmag.org/horizonte_distante/2015/02/escrevo-com-o-ouvido-de-dentro.html#ixzz3So7r3vg8

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Eu quero ser (muito) feliz agora!


É, aqui estou novamente! Volta e meia me pego relendo meus pequenos desabafos postados neste (esquecido) blog e, com isso, relembrando as tantas histórias que contribuíram pra formatação do meu "eu" atual. Já aproveito e remexo nos meus rascunhos, aqueles textos que escrevi pra eu mesmo, sem necessidade de publicar, servindo quase que como um ritual de libertação. E como me fazia bem! Mesmo que soubesse que ninguém leria (e às vezes até liam), eu me sentia feliz ao escrever, ao conseguir traduzir em palavras o que sentia naquele momento. Sou um ser escrevente! 

Catarse! É isso que significava o hábito de escrever sobre o que eu pensava e sentia. Era revigorante, extasiante. Era como se todos os meus pensamentos fossem se auto-organizando pra que pudessem ser traduzidos em grupos de palavrinhas (que muitas vezes faziam sentido apenas pra mim). 

Era assim... mas o hábito foi se perdendo. Eu fui me calando. Meus dedos se calaram, dando lugar à minha boca (que é, muitas vezes, traiçoeira, pois diz coisas que nem tiveram tempo de serem mastigadas pelo meu cérebro). E cada vez escrevia menos... e ouvia menos! Fui me fechando no meu mundinho próprio, processo chamado de "ensimesmar", ou seja, se fechar em si mesmo. Falar pra si próprio tem suas vantagens, claro; pelo menos eu ofendia menos as pessoas ao meu redor, mas acabava criando e demonstrando certa apatia por tudo que me rodeava (inclusive as pessoas que mais amo!). Eu estava mais seguro, não me expunha tanto, nem pela escrita e agora cada vez menos pela fala. Eu estava deixando de ser eu!

Mas (e minha vida é cheia de mas...) por conta de algumas situações que me ocorreram no último ano, resolvi revolucionar meu eu interior. Ou tentar. Não sei ao certo se foi melhor ou não, mas passei a verbalizar mais o que pensava, sem medo do que pensariam ou diriam de mim. Falava, mas falava muito. E de tudo, fosse o que fosse, com quem tivesse que ser. Abusei da minha sinceridade, às vezes (ou muitas) metendo os pés pelas mãos, falando de maneira grosseira, ferindo pessoas que convivem ao meu redor. Virei uma "carroça vazia" (já ouviu essa história?). 

Era necessária uma nova catarse. E ela aconteceu, até por mais de uma vez, durante uma viagem que fiz nas férias (fui ao Rio de Janeiro e depois ao Espírito Santo, depois falo sobre elas). O reveillón, passado na praia de Copacabana, literalmente me purificou, remexeu com minhas estruturas emocionais, me fez outro!

E eis-me aqui, escrevendo de novo. Não sei por quanto tempo, mas o farei sempre que sentir vontade, sem ligar para o que dizem ou pensam, nem tampouco se lerão, se vai ou não fazer sentido pra alguém além de mim.

Pra marcar esse recomeço, mais um entre tantos outros que já ocorreram e ainda ocorrerão, trago uma das músicas mais sensacionais que conheço. Ela expressa, verso a verso, o que penso hoje... ela é como se fosse um pedaço de mim (é uma daquelas músicas que você pensa: poxa, eu queria ter escrito isso!).
   
Recomendo que a ouça, se possível, de olhos fechados. Feche as portas, coloque um fone de ouvido, feche os olhos e sinta cada verso dessa música como se eles fossem necessários pra sua respiração. Depois levante-se e seja feliz, custe o que custar!

Até breve...
Beijos pra quem é de beijos e abraços pra quem é de abraços!
:D





Eu quero ser feliz agora! (Oswaldo Montenegro)


Se alguém disser pra você não cantar
Deixar seu sonho ali pro uma outra hora
Que a segurança exige medo
Que quem tem medo Deus adora

Se alguém disser pra você não dançar
Que nessa festa você tá de fora
Que você volte pro rebanho.
Não acredite, grite, sem demora...

Eu quero ser feliz Agora (2x)

Se alguém vier com papo perigoso de dizer
Que é preciso paciência pra viver.
Que andando ali quieto
Comportado, limitado
Só coitado, você não vai se perder
Que manso imitando uma boiada,
Você vai boca fechada pro curral sem merecer
Que Deus só manda ajuda a quem se ferre,
E quando o guarda-chuva emperra certamente vai chover.
Se joga na primeira ousadia,
Que tá pra nascer o dia do futuro que te adora.
E bota o microfone na lapela, olha pra vida e diz pra ela...

Eu quero ser feliz agora (2x)

Se alguém disser pra você não cantar
Deixar seu sonho ali pro um outra hora
Que a segurança exige medo
E que quem tem medo deus adora

Se alguém disser pra você não dançar
Que nessa festa você tá de fora, que volte pro rebanho.

Não acredite, grite, sem demora...

Eu quero ser feliz Agora!

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Tutorial sobre o que não é amor (por Thais Cinotti)

Sabe aqueles textos que você lê e diz: putz, tirou as palavras da minha boca? Pois é, esse é um! Thais tem me encantado com suas publicações. Os seus escritos têm uma forma bastante singular, tratando de dramas cotidianos com leveza, profunda sensibilidade e uma boa dose de humor. Além disso ela traz, nesse texto, um lado pouco comentado sobre o amor. Ah, só preciso fazer um comentário: penso que o que Thais fala sobre os homens, no texto, também é válido para as mulheres. Hoje em dia não dá mais para se falar em características exclusivas de determinado gênero sexual. Não é?!

Enfim, me tornei seu fã! 

Eis o texto. Deguste-o! 

Tutorial sobre o que não é amor (por Thais Cinotti)

É lei. Se você chorar, se descabelar, se humilhar, se matar, cortar os pulsos, pedir perdão, ressuscitar em nome dele e jurar amor eterno, minha querida... Não, ele não vai te dar valor. É uma regra universal. Não adianta ficar amiga da mãe dele nem vestir a lingerie que ele quer. Não faz diferença.  Ele só vai te dar valor quando você o merecer. Ou não. Tem homem que é tão burro, mas tão babaca que quando conhece alguém que realmente tem algum valor se assusta. Tem medo.  Porque é mais fácil ser procurado, é mais fácil o esquema ligou-apareceu. É mais fácil não precisar conquistar. Acontece que isso enjoa, tanto ele, quanto você. Enjoa se sentir a idiota em 90% do tempo. E se enganar os outros 10%. Enjoam os eu te adoro, a gente ta bem assim, pra que ficar complicando? Discutir o que? Vem cá, me dá um beijo. E a história é só essa. É uma não-história. Uma perda de tempo. Jogar amor num buraco negro. Desperdício. De tempo, dinheiro, sentimento. De vida. Se arrumar pra alguém que não se importa com você, além daquela noite. E que amanhã pode ser outra. Amanhã, será outra, você sabe. Dar amor ao vento, esperando que ele volte. Isso só funciona com poeira. É a única coisa que volta, no vento. E na sua cara. Assim como é na sua cara, que ele desliga o telefone quando não ta afim e você releva. Releva e até liga de novo. Você sabe que as mensagens de texto de boa noite, são pra todos os contatos, menina. E quando ele te atende e é seco, não é porque ele estava ocupado, nervoso nem com medo de te responder, é porque ele foi seco e ponto. Homens não tem entrelinhas. É preto no branco. Se é amor, é amor. O não dele não é um talvez. O silêncio não é uma possibilidade. A indiferença não é charme. É não, é silêncio, é indiferença. Dói. Mas dói mais fantasiar atitudes de criaturas que não seriam capazes de metade disso. Aí você chora, acha que o problema é você, morre por dentro, por fora, mata alguém, tem colapsos nervosos, sentimentais, hormonais. Até que a ficha cai. Não existe erro, não existe problema, porque não existiu nada. Foi tudo coisa da sua cabeça. Você saiu com ele sete vezes, ele não te deu esperanças de nada, você sabia da vidinha promiscua que ele levava. Ok, ele parecia um amor, te fez cafuné, chamou de amorzinho, abraçou depois do sexo, cantou musiquinhas. Mas e aí? Quem se matou foi você. Quem ouviu a poesia toda, enquanto ele só disse metade de um verso foi você. Quem imaginou nome de filho só porque ele sorriu vendo uma criança na rua, foi você. Foi você quem sonhou com vestido de noiva, cor do abajur da sala e nome do cachorro que vocês teriam. Agora eu te pergunto, quem estava errado, quem viveu ou quem sonhou? Enquanto você estava preocupada demais procurando o príncipe encantado nos olhos de puro tesão dele, ele estava sentindo puro tesão. Enquanto você achava que ele te considerava a mulher dos sonhos por ficar com a mão em sua perna, ele estava com a mão em sua perna. Digo e repito: não tem segredo, não tem meia palavra. É óbvio que existem exceções, mas até mesmo os mais cafajestes dão sinais claros de quem são. Cafajeste que é cafajeste não nega, a gente que é burra e fantasia. Portanto, antes de acabar com sua escova de tanto chorar no chão do banheiro, de se lamentar e sofrer por um homem, relembre com frieza todos os seus momentos com ele e perceba se está chorando por ele e pela sua projeção. Pior do que chorar por um babaca, é chorar por um babaca que nem existe. Chega de desperdício. Discordo do que dizem por aí, que o amor está em falta. Ele está em excesso pelo ar, pela rua, está gritando na garganta do mundo. O problema é a direção. O amor se descontrolou, se perdeu. A vontade de amar ultrapassou o amor. Chega de chamar carência, solidão, tristeza, trauma de infância, amizade colorida, enrolação, comodidade, preguiça de procurar algo melhor, facilidade, dificuldade, atração e esses derivados todos de amor. Vamos fazer um acordo: Antes de entrar no amor, verifique se o mesmo encontra-se parado no mesmo andar.

 (você encontra esse e muitos outros textos no blog da Thais: http://womanizando.blogspot.com - vale a pena visitar!)

sábado, 26 de novembro de 2011

Arthur & Sophia


Mudando um pouco a rotina das postagens aqui do blog, resolvi escrever uma pequena história...

Arthur & Sophia
Nossa história começa em um tempo não muito distante, não chega a ser um conto de fadas com cavaleiros que despertam mocinhas com beijos, tranças jogadas do alto de torres e tão pouco com maçãs envenenadas. É mais ou menos assim... Arthur era um rapaz que vivia em um pequeno bairro de uma grande cidade, conhecido por todos pelo seu jeito educado de ser.
Todas as manhãs ele passava pelo mesmo caminho até o seu trabalho, em uma pequena loja de livros que havia ali. Sempre sorrindo despertava o sorriso das outras pessoas, não havia um ‘bom dia’ que ficasse sem resposta.
Os dias eram sempre normais e iguais na vida de Arthur, tudo parecia perfeito! Grupo de amigos com quem saia nos finais de semana, estava sempre na missa aos domingos e nunca deixava de visitar seus avos que moravam em outro bairro.
Certa manhã apareceu na loja uma moça simpática procurando um livro, e se encantou com o jeito de Arthur, ficou ali horas até decidir que livro comprar.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Reflexões...

Depois de MUITO tempo sem postar nada por aqui, por variados motivos, estava passeando pelos meus blogs favoritos (que leio com frequencia) e encontrei um texto que resolvi reproduzir aqui, mesmo sem autorização do autor (mas está devidamente referenciado ao fim da página). Ele diz muito sobre o que tenho pensado nesses dias, sobretudo ontem e hoje...

 

 "Reflexão"

Chega uma hora nesta vida, que você decide colocar TUDO em cima de uma balança e começa a analisar. 
Tendo como conclusão que:
O ditador popular, nascer, crescer e morrer, não é pura ficção, pois esta é sim a lógica da vida.
Que sinonimo de ser forte, nada tem a ver com ser imortal.
Que as vezes erramos mais do que acertamos e vice-e-versa.
E que a vida sempre foi uma bomba relógio prestes a explodir.
Passamos por discussões vazias, deixando de observar os mais pequenos dos detalhes importantes.
Vivemos no CONTINUISMO, mesmo que a lógica da vida seja outra completamente diferente.
Jamais damos valor a família, mesmo aquela que podemos escolher.
Gastamos DINHEIRO, assim como ficamos escravos dele.
Viciamos em coisas fúteis e destruidoras.
Sentimos preconceitos, mesmo que invonluntariamente.
Deixamos de ir a praia .
Esquecemos de falar com Deus nas horas boas e coremos em direção dele nas horas ruins.
Juramos em falso.
Cudamos da vida alheia, deixando a nossa adoecer.
Não sentimos a menor graça nas melhores piadas.
Juramos fidelidade, quando sempre fomos infiéis.
Viramos egoístas em não entender que precisamos perder agora para ganhar logo ali na frente.
Tiramos gargalhadas, com nossas palhaçadas sem nexo.
Somos irônicos, ao comemorar mais um ano vivido, mas morremos de medo que este tempo mesmo tempo acabe.
Impomos regras, mesmo que elas não sirvam a ninguém.
Choramos.
Tentamos entender um pingo apenas da nossa existência.
Rimos e Aplaudimos a desgraça alheia.
E o principal, nos adaptamos a tudo, mesmo que seja algo extremo.
Você ainda tem tempo de mudar ou continuar da mesma forma.

(texto escrito por JehCyber, postado originalmente no blog do autor, que pode ser acessado pelo link http://jehcyber.blogspot.com/2011/09/reflexao.html. Vale a pena visitar!)

Reflita você também! E até breve...